síndrome



dentro de cada poema
tenho sintomas
medos e arremessos
coragens e tremores
um riso e um choro
que me arranham
ou anestesiam
e a palavra suada
que me dilata as pupilas



27 comentários:

Lou Vilela disse...

Hummm... apresento vários destes sintomas. Será que é grave!? rs Brincadeiras à parte, bela produção. Tornei-me sua fã incondicional. Bjkas

Fred Matos disse...

Não sei qual mecanismo da minha psique fez com que eu me lembrasse de acrílico, uma música/poema de Caetano Veloso:

"Olhar colírico
Lírios plásticos do campo e do contra-campo
Telástico cinemascope teu sorriso tudo isso
Tudo ido e lido e lindo e vindo do vivido
Na minha adolescidade
Idade de pedra e paz

Teu sorriso quieto no meu canto

Ainda canto o ido o tido o dito
O dado o consumido
O consumado
Ato
Do amor morto motor da saudade

Diluído na grandicidade
Idade de pedra ainda
Canto quieto o que conheço
Quero o que não mereço
O começo
Quero canto de vinda
Divindade do duro totem futuro total
Tal qual quero canto
Por enquanto apenas mino o campo ver-te
Acre e lírico o sorvete
Acrílico Santo Amargo da Putrificação"

Beijos

Ana Cecília disse...

mas a poesia é todo esse impossível, todo esse paradoxo.
Sinto-me muito perto do que você escreve, Pav.
Beijo!

Ana Cecília disse...

e essa urgência, claro, que você grava tão fundo.

Sergio disse...

Ah, vou fazer minha analise: tem algo de transparência dentro dos teus poemas. É cristalino. Arranha/fere, sua e dilata. Enfim, in vitro, pavitra se reproduz naturalmente.

Mas isso foi desculpa. A verdade é q vc disse que "adora" no blogmeu e eu te digo que já estou com saudades...

E aquele russo lá da Net vai dizer: "canceeela o linha desses dois, escabushka!"

Cosmunicando disse...

hahahahaha... estou rindo do 'escabushka' do Sergio!

mulé, eu não tinha comentado aqui, tô ficando senil de tanto falar com tu no messenê... rsrsrsrs

mas você sabe que adorei, nesse conjunto de sintomas eu já sou hipocondríaca declarada =)

beijos

Anônimo disse...

Nãoimaginava quantos sentimentos tinham ops escritores...
Mais depois de tudo isso, saem lindos poemas de dentro dos fornos, quetinhos para serrem apreciados pelos outros!
Até onde a curiosidade de um nome faz a gente entrar!?!
Gostei de ter entrado aqui...
Provavelmente voltarei mais vezes... Para apreciar ainda mais suas belas poesias...

Unknown disse...

Há um mundo de sensações dentro do poema.

Anônimo disse...

a mim causa um turbilhão de coisas ...

Henrique disse...

virei um gato no final... rs

pat werner disse...

o prognóstico é muito bom,

que seja crônica!

beijo

Rodrigo M. Freire disse...

Pav, está excelente. há um tipo de alteração que tenho feito e eis aqui: poesia pode perder a pessoalidade. concordo e viajo plenamente sobre o conteúdo abstrato das poesias.
e escreveria tirando o "eu" porque penso que fica mais generosa sem: "dentro de cada poema existem (habitam, há etc.) sintomas". qualquer leitor, então, poderia sujeitar-se! mas ó, é coisa minha mesmo. por que a poesia? que sensibilidade espetacular! sim, espetáculo! ótimaaa!

Anônimo disse...

o exercício da palavra e a endorfina flor do olhar!

Josely Bittencourt disse...

Dos sintomas a pupila.
mas neste caso...
Sem anestesia!

beijOOOOO

Georgio Rios disse...

Un Buén y bello poema!!!Es la vida en su reinvención!!!

Georgio Rios disse...

Obrigado pelo belo comentário em meu blog!!!Aqui no sertão a chuva é sempre benção dos céus...Esteja sempre a vontade a casa é sua também...Aqui mi casa su casa!!!

Moacy Cirne disse...

Palavras suadas alimentam poemas, coragens e tremores: lingua/gens ou mira/gens no campo da criatividade. Suas pupilas dilatadas implicam "ver com os olhos livres" (Oswald). Beijos.

Adair Carvalhais Júnior disse...

Gostei, especialmente das palavras suadas: elas são o poema inteir, para mim.

Ígor Andrade disse...

Poetisa, que tem tudo, você.
Abraço!

Ston disse...

Bastante sintomático...

Aroeira disse...

como ficar inerte ante a uma inspiração/expiração destas? como não arregalar os olhos e congelar as pupilas após a lida do poema (e a sua lida)? ou como não fechar os olhos e procurar no escuro sentir o resto do orgasmo literário que vc me acometeu? uai, fica difícil! já que as minhas palavras embaraçam, vai aí o meu: clap clap clap!

J.F. de Souza disse...

Poesia é a minha droga!

=P

J.F. de Souza disse...

Ah, Pav! Tem um convite pra você no B7C! Dê uma clicada aqui e veja!

=*

John Lester disse...

Pavitra, obrigado pela visita.

Grande abraço, JL.

Igor Machado disse...

Cadê mais versos??? tá semi-sumida!

Fabio Rocha disse...

Estou adorando sua fase poética! Beijos

Sílvia Câmara disse...

Ah, Pav.
Bacana vc pousar lá no Brisa.
Pode colher os poemas, querida.
um beijo

Postar um comentário