belobelobaby: a dor se esgotará, o poema ficará. e o mundo continuará para todos nós: poesiavida que te queremos poesiavida, seja nas morenices de uma tarde puro verão, seja nas brejeirices de uma tarde pura paixão. beijos.
fiquei vermelho feito pimenta já em nimbo. não quis falar sobre uma coisa. posso falar? falo. ocorre o seguinte, dri, nimbo e hidrológica são poemas profundamente eróticos. de um erotismo um tanto velado, apre(e)ndido em bandeira. é, mas a dri não dá bandeira, né? estou gostando da (e bastante ruborizado com a) série líquida.
posso ser indiscreto mais uma vez? posso? só mais uma?! é o seguinte: pavitra, esse cognome é de deusa hindu? por que pavitra? se for indiscrição, finja que eu não existo! pronto, sumi!
Esse é um texto que fala de uma dor contida, não-expressa, antiga. Não há um laivo de erotismo aqui. Há o falar de quem o poder-falar é tão difícil, que o soluçar precede a fala-lágrima-por-dizer.
Tudo se esgota , quando tem espaço para tal. E o espaço é, antes de tudo, útero-em-nós.Aproveitaste bem esse espaço-de-palavras-e-afetos aqui: um dos teus espaços zelosamente construído!
Adrianna Coelho, reitero que "nimbo" e "hidrológica" são poemas profundamente eróticos. Não há apenas um "laivo", há uma enxurrada de erotismo! Para demonstrar por meio de um ensaio ou de um artigo científico o que estou afirmando, precisaria de mais tempo e espaço, mas me dou ao trabalho de apresentar, pelo menos, quatro pontos. (1)O erotismo mencionado, embora esteja contido, se refere a pulsão de vida, vontade de se expressar como ser vivente e, no plano da matéria, matéria humana, uma das possibilidades dessa expressão é por meio do sexo, feito apenas como ação prazerosa.(2)Ambos os textos apresentam lamentos de um eu lírico que não se aguenta para liberar seus desejos, tratados como valores positivos (aqui, eros e erotismo!). (3) O dois sujeitos líricos, ainda que em "nimbo" esteja num modelito "mãe natureza", nos levam a identificar a figura da mulher e relacionamos, diretamente, as águas descritas a certos humores do corpo feminino. (4) O jogo de básculo erótico, por meio de um lirismo exageradamente condoído - o tal velamento a que me referi -, é marcante em Manuel Bandeira, por isso fiz menção ao grande poeta pernambucano. Enfim, quero só afirmar que, embora eu faça muitos gracejos, "os meus brinquedos literários" possuem a coerência de muita leitura e de muito estudo. Portanto, eu não apenas posso dizer, como o digo com muita propriedade, que seus poemas são estética e semanticamente bem construídos. Ah, digo, também, que seus poemas estão carregados de erotismo. Um beijo, Dri!
Podemos ir para modelos hidráulicos, ou considerações reichianas ( e pós) para enxergarmos o tal "erotismo transbordante em águas, represadas em lágrima". Os brinquedos podem, de fato ( e sempre) ser bem fabricados, com todas as engrenagens funcionando direitinho. Poderíamos pensar nas muitas variações sobre a água, de Bachelard a Ferenczi. Mas a questão foi por mim posta sem nota de rodapé. Feeling e faro. Tais águas-lágrimas ( de tão contidas) estão para os fluidos genitais como a faísca do fósforo está para a erupção do Vesúvio, em Pompéia.Mas, de fato, há quem possa antever ( ou entrever) o vulcão na faísca, como o gozo na lágrima. A isso poderíamos chamar "olhar poético" também. Por que não?!Sem "laivos". Profuso olhar.Profusa poesia no olhar. Sem aspas.
Eu só tenho um metro e sessenta e dois, sou magro e não sei boxear... Não desejo criar aqui uma pendenga, iniciar uma polêmica, tampouco desejo que lhe cortem os alfanjes de minhas aspas. Se é que não percebeu, Marcelo, além das ciências, da literatura e da ironia, você parece estar tentando descartar uma visão diferente do seu mundo. Gostaria, se possível, que meditasse um pouco sobre isso. Mas não, não estou aqui para pelejas, sejam com armas brancas ou de fogo, sejam com luvas ou a punhos nus; estou aqui para ler à fruição da poesia, só. Estou aqui para ler os poemas da Dri.
pav, dri, com laivo, sem laivo, com ou sem erotismo... esse é um dos mais lindos poemas teus que já li!! tô bestona aqui, cheguei ontem, não tinha lido nada ainda e fui pega por esta pérola. beijo!
Concordamos em muitas coisas. Ao seu modo, sabes ser veemente ( e gostas de sê-lo...). Esse espaço é para fruições das poesias da moça dona desse blog. Sim! Claro! A própria moça também tem sua visão sobre tal poema. O fato é que vc, com a altura e o peso que for, sabe usar bisturis. Sua leitura não é fruto de rompantes de delírio, claro. Todos sabemos. Se não, nem montarias um blog como é o teu: bom pra caralho ( sem sexualidade na expressão; pura informalidade...). A polêmica, em mim, é circunstancial, não uma "profissão de fé" ( pelo menos no que se refere aos poemas alheios; quanto aos meus, assumo o título ou pecha). Pode ter certeza disso. E eu consigo imaginar umas duzentas e vinte opiniões diversas da minha, perfeitamente fundamentadas. Plausíveis. Okeias. Melhores inclusive. E umas duzentas e vinte e duas não tão okeias...
rs rs rs
Abraços, amigo.
P.S.:Não aceno o lenço branco da paz: desfraldo um lençol ( de casal, amplo...) como bandeira branca...
[desde que, claro, tu não vejas nisso algum laivo ou veios (!!!) de erotismo...]
Dri, adorei a metáfora, com ou sem erotismo, assim como o embate de titãs. rsrs Adoro ver mentes inquietas exercendo a dialética - elegante, oportuna e respeitosamente, óbvio.
Desengavetando expressões, um mundo novo de caras e formas ganha corpo aos olhos e sentidos daqueles que devoram bem mais do que a si mesmos. Seja em palavras, imagens e outros tantos signos, a cultura fascina por suas proporções ilimitadas. Entre caminhos e palavras, a vida pulsa nas revelações urgentes da alma.
46 comentários:
Que a dor se esgote no poema, belo poema.
Beijos
belobelobaby: a dor se esgotará, o poema ficará. e o mundo continuará para todos nós: poesiavida que te queremos poesiavida, seja nas morenices de uma tarde puro verão, seja nas brejeirices de uma tarde pura paixão. beijos.
feito um rio que atravesso, passo por esses versos me detendo, com atenção, ao (dis)curso.
totalmente identificada. dor não é estado que se esgote, só as doses é que mudam com o tempo.
pavitra:
a questão está bem colocada.
romério
fiquei vermelho feito pimenta já em nimbo. não quis falar sobre uma coisa. posso falar? falo. ocorre o seguinte, dri, nimbo e hidrológica são poemas profundamente eróticos. de um erotismo um tanto velado, apre(e)ndido em bandeira. é, mas a dri não dá bandeira, né? estou gostando da (e bastante ruborizado com a) série líquida.
posso ser indiscreto mais uma vez? posso? só mais uma?! é o seguinte: pavitra, esse cognome é de deusa hindu? por que pavitra? se for indiscrição, finja que eu não existo! pronto, sumi!
Cara limpa. Liberdade!
Isso não é para amador.
E há um bálsamo escondido dentro destes versos disfarçados de dor...
como diz Balmann, o amor é líquido...mas vc está esgotada.belo,muito belo.
http://anndixson.blogspot.com
Dri,
Esse é um texto que fala de uma dor contida, não-expressa, antiga. Não há um laivo de erotismo aqui. Há o falar de quem o poder-falar é tão difícil, que o soluçar precede a fala-lágrima-por-dizer.
Tudo se esgota , quando tem espaço para tal. E o espaço é, antes de tudo, útero-em-nós.Aproveitaste bem esse espaço-de-palavras-e-afetos aqui: um dos teus espaços zelosamente construído!
Beijos,
Marcelo.
Adrianna Coelho, reitero que "nimbo" e "hidrológica" são poemas profundamente eróticos. Não há apenas um "laivo", há uma enxurrada de erotismo! Para demonstrar por meio de um ensaio ou de um artigo científico o que estou afirmando, precisaria de mais tempo e espaço, mas me dou ao trabalho de apresentar, pelo menos, quatro pontos. (1)O erotismo mencionado, embora esteja contido, se refere a pulsão de vida, vontade de se expressar como ser vivente e, no plano da matéria, matéria humana, uma das possibilidades dessa expressão é por meio do sexo, feito apenas como ação prazerosa.(2)Ambos os textos apresentam lamentos de um eu lírico que não se aguenta para liberar seus desejos, tratados como valores positivos (aqui, eros e erotismo!). (3) O dois sujeitos líricos, ainda que em "nimbo" esteja num modelito "mãe natureza", nos levam a identificar a figura da mulher e relacionamos, diretamente, as águas descritas a certos humores do corpo feminino. (4) O jogo de básculo erótico, por meio de um lirismo exageradamente condoído - o tal velamento a que me referi -, é marcante em Manuel Bandeira, por isso fiz menção ao grande poeta pernambucano. Enfim, quero só afirmar que, embora eu faça muitos gracejos, "os meus brinquedos literários" possuem a coerência de muita leitura e de muito estudo. Portanto, eu não apenas posso dizer, como o digo com muita propriedade, que seus poemas são estética e semanticamente bem construídos. Ah, digo, também, que seus poemas estão carregados de erotismo. Um beijo, Dri!
Grande Henrique,
Podemos ir para modelos hidráulicos, ou considerações reichianas ( e pós) para enxergarmos o tal "erotismo transbordante em águas, represadas em lágrima". Os brinquedos podem, de fato ( e sempre) ser bem fabricados, com todas as engrenagens funcionando direitinho. Poderíamos pensar nas muitas variações sobre a água, de Bachelard a Ferenczi. Mas a questão foi por mim posta sem nota de rodapé. Feeling e faro. Tais águas-lágrimas ( de tão contidas) estão para os fluidos genitais como a faísca do fósforo está para a erupção do Vesúvio, em Pompéia.Mas, de fato, há quem possa antever ( ou entrever) o vulcão na faísca, como o gozo na lágrima. A isso poderíamos chamar "olhar poético" também. Por que não?!Sem "laivos". Profuso olhar.Profusa poesia no olhar. Sem aspas.
Abraços,
Marcelo.
Chove
em
mim
Olá, Marcelo Novaes - le boxeur!
Eu só tenho um metro e sessenta e dois, sou magro e não sei boxear... Não desejo criar aqui uma pendenga, iniciar uma polêmica, tampouco desejo que lhe cortem os alfanjes de minhas aspas. Se é que não percebeu, Marcelo, além das ciências, da literatura e da ironia, você parece estar tentando descartar uma visão diferente do seu mundo. Gostaria, se possível, que meditasse um pouco sobre isso. Mas não, não estou aqui para pelejas, sejam com armas brancas ou de fogo, sejam com luvas ou a punhos nus; estou aqui para ler à fruição da poesia, só. Estou aqui para ler os poemas da Dri.
Meu abraço, pois, poético,
Pimenta
pav, dri, com laivo, sem laivo, com ou sem erotismo... esse é um dos mais lindos poemas teus que já li!!
tô bestona aqui, cheguei ontem, não tinha lido nada ainda e fui pega por esta pérola.
beijo!
Simpático esgrimista, Henrique,
Concordamos em muitas coisas. Ao seu modo, sabes ser veemente ( e gostas de sê-lo...). Esse espaço é para fruições das poesias da moça dona desse blog. Sim! Claro! A própria moça também tem sua visão sobre tal poema. O fato é que vc, com a altura e o peso que for, sabe usar bisturis. Sua leitura não é fruto de rompantes de delírio, claro. Todos sabemos. Se não, nem montarias um blog como é o teu: bom pra caralho ( sem sexualidade na expressão; pura informalidade...). A polêmica, em mim, é circunstancial, não uma "profissão de fé" ( pelo menos no que se refere aos poemas alheios; quanto aos meus, assumo o título ou pecha). Pode ter certeza disso. E eu consigo imaginar umas duzentas e vinte opiniões diversas da minha, perfeitamente fundamentadas. Plausíveis. Okeias. Melhores inclusive. E umas duzentas e vinte e duas não tão okeias...
rs rs rs
Abraços, amigo.
P.S.:Não aceno o lenço branco da paz: desfraldo um lençol ( de casal, amplo...) como bandeira branca...
[desde que, claro, tu não vejas nisso algum laivo ou veios (!!!) de erotismo...]
Marcelo.
Querida, vou confessar: essa eu gostaria de ter escrito. Aff! Vai ser boa assim lá em casa!
Marcelo, agora vamos parar com essas declarações tão íntimas, porque a galera já tá olhando meio desconfiada... (rsrs)
Adriana, xará, fique lisonjeada...teu poema desencadeou tamanha efervescência aqui.Gostei tanto do debate quanto do poema...rs
Atingida por barragem...
largue a primeira lágrima quem nunca chorou de alagar...
bjo, cherrie.
Muito bom! Gostei de conhecer o seu trabalhO!
rsrs
uau, q moços esses dois!
elegante Adriana, muito elegante...amo!
*
Ah, mas faz seguinte: derrube os diques e deixe o sol fazer flor,,, rs
Bjs e saborosas invenções!
Eu trato sempre bem a dor. Tudo tem um dorso.
Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO
Uau! Além de belo, polêmico. rs
Dri, adorei a metáfora, com ou sem erotismo, assim como o embate de titãs. rsrs Adoro ver mentes inquietas exercendo a dialética - elegante, oportuna e respeitosamente, óbvio.
Abraços,
Lou
tenhas a
costumança
das estações
sejas a fêmea única.
as estações
se sucedem,
os rebanhos
se perpetuam...
OSCAR
é lindo!
au!belo...
Oi, Adri, tem um poema seu no Balaio. Beijos.
ah!
amada
esse
teu
bulício
de
c
a
c
h
o
e
i
r
a ...
henrique, eu não dou bandeira! (mas leio) rsrs
ruborize-se!!
beijos
e vc existe, sim, henrique
pavitra é que não existe mais... rs
não suma!
o amor é líquido
que o coração bombeia...
obrigada, adriana!
marcelo, agora eu já estou pronta
(ou quase) para deixar a fala
rolar pela face
com todas as faces que ela tem
até as lágrimas.
graças a vc, que eu amo.
fui mesmo, ston! :)
beijos, múcio!
ana
tbm gostei de ter conehcido o seu!
beijos, jo!
p.s. os mocinhos são 2 queridos! rsrsrs
alex,
farei isso, com certeza!
desembarreiradas invenções pra vc!
miguel, adorei o seu comment!
é... "tudo tem um dorso"
abraços
e foi mesmo legal esse embate, né, lou?
nós, leitores, é que ganhamos.
beijos
meu querido e doce oscar,
adorei o poema!
p.s. vc nem reparou que correu perigo com ele, né? rsrsrs
eu vi, eu vi!!! :)
mais uma vez no balaio
obrigada, moa!
beijos
"ah!
amada
esse
teu
bulício
de
c
a
c
h
o
e
i
r
a ...
oscar, oscar... rsrsrs
beijos!
Eu gosto quando você rima. rs
Dor é não ler um poema desse!
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