bichos flores e libido
tenho a fauna
e a flora
em minhas palavras
e uma expectativa vegetal
de brisas e orvalhos
e sons de asas
línguas
coisas escorregadias
e úmidas
limos e lagartos
absortos ao sol
e num poema
desejos desfolhados
e agudos apetites
unhas-de-gato
sobem agarrados
às minhas pernas
[e eu já hera]
* Publicado no Blog de 7 Cabeças
23 comentários:
hera uma vez...
er(r)am duas...
vegetrês
:-)))
(essa imagem das unhas-de-gato agarradas às pernas é o máximo rsrs)
(...) de um jeito ou de outro eu quero ficar pra semente... ahahah
concordo! bela imagem essa dos gatos...
gosto dos lagartos também.
e o último verso é bem bom.
A palavra habita tua medula.
Pende dos teus olhos.
Sobe pelas pernas.
Já (h)era. Linko.
Uau! Muito bom! E a últma estrofe passa uma imagem indelével. Bjs
:
fauna e flora
brisas e orvalhos
apetites e desejos
uau, quanta potência, é de dar ânimo!
:^D
beijoca
Tem tudo, e mais, nas tuas palavras.
Abraço!
você hera sempre com tão belo poema de desejos desfolhados, Pav.
VC DOMINA COMO NINGUÉM AS PALAVRAS, MENINA... ALIÁS, SABE CAVALGÁ-LAS...
VC ARRASA NESTE POEMA, IMAGENS VEGETAIS A QUE REPORTO VERDES DESEJOS E CLOROFÍLICOS TESÕES.
O FINAL É GENIAL.
ABRAÇOS,
OSCAR
Um poema que se revela fauna, flora e felicidade em sua expectativa vegetal (mas também mineral, mas também animal), com um toque derradeiro que é pura sensualidade. Melhor: todo o poema, num crescendo textual, é pura sensualidade, em sendo úmido, em sendo neblinante. Um beijo.
é amor correspondido!
besos
É exepcional bailar por este emaranhado poético que compões...Bom mesmo!!!!
Sempre viajo em suas palavras menina!!!
obrigada pelo elogio, pav!
poema verde
flor de cheiro
do mais puro ar
bjs
pavitra:
fiz uma caminhada mais longa.você
é fera.
romério
ahuahuahuaua
me desconcentrei aqui:
...línguas
...coisas escorregadias
...e úmidas
ai o final do poema virou só paravras escritas... que pena, mas a culpa foi sua!
muito bom, agradeço a visita em meu blog e te visitarei sempre.
clap clap clap. eu já hera é ótimo.
Putz!!! Que lindo, que lindo! amei.
beijos
o poema aflora e sobe de um jeito... fogo-horto! no final a presa é surpresa, nos toma no ar salto da gata! um poema para ser li(bi)do com unhas e dentes, e ervas danadas!
Eu não sei quanto a fauna, já hera é vegetal indomável, cresce até e principalmente sem pedir permissão. Pavitra, tu é A cara!
Peço licença, lindo o que vi por aqui, cheguei fuçando o blog do Moacy Cirne e estou adorando.
Um grande abraço.
Belo poema de gavinhas e trepadeiras.
Sonoro, reverberativo como orvalhos em brisas embalando asas umedecidas...
Muito bom!
Beijão,
Marcelo.
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