às vezes vento
e por falar em nuvens
não me conserve
em imprecisas palavras
em tintas sobre o papel
porque o que você vê
é apenas uma parte de mim
ou de um quebra-cabeça
das horas em que me distraio
na lucidez ou na loucura
do meu sorriso que perdeu
a eletrônica amarela de um 3x4
e sou demais para uma página
para um tela ou um retrato
não sou imagem nem miragem
sou de verdade
[uma verdade
que sopra nuvens]
10 comentários:
E por falar em poesia, suas palavras são mais do que nuvens, são mais do que miragens: são linguagens. Cabe a nós amar e/ou decifrar suas imagens. E suas ventanias. Um beijo.
...e molha meu pensamento quando seco...
mergulho no amarelo
da velha polaroid
e sigo suspensa
num puzzle
de nuvem
p.s. uma xilogravura pra vc!
você é a densidade da nuvem, a intensidade de um furacão e a profundidade de um poço sem fundo!!!
beijos!
Se me é à altura, te digo que me toca num íntimo sentido.
continuo
Gracioso o seu poema. Tu és realmente alguém que não pode caber em apenas uma imagem. Adorei esse poema, parabéns.
Um grande abraço,
Átila Siqueira.
é por isso que desde pequeno, quando olho pro céu, as núvens se movimentam lentamente? É teu sopro, menina? Desde sempre? ^^
às vezes rio
banho de prata
de lua - não fotografa
pra não perder
a pose
Claro, claro... Não nos confundiremos. Não cabe em três por quatro.
Beijos,
Marcelo.
ah, pat
vc trouxe a polaroid!
sempre desconfiei que alguém fotografava as nuvens que eu desvendava... rsrs
obrigada pela xilogravura
beijos :)
Postar um comentário