internos



há um desejo horrível em mim;
tenso bruto cru. que não cala.
odeio o barulho que ele faz
triturando os vazios.

há um vácuo feroz em mim;
denso escuro torto. que não fala.
odeio o silêncio que ele faz
quando me retalha.




Escrito com Diego Pale

11 comentários:

Marcelo Novaes disse...

Dri,


Boa parceria com o Diego. Um belo diálogo íntimo pode pacificar a besta, quer apareça como barulho, ou "silêncio ensurdecedor".




Abraços aos dois!

Luiza Maciel Nogueira disse...

muito bom! o vácuo serve pra sentir, pra criar, pra ouvir

bjs

J.F. de Souza disse...

excelente! =D

legal poder ler algo teu - ainda que em parceria... mas tá lindo! =D

saudades. =)

=*

Eleonora Marino Duarte disse...

diálogo bem dito,


as íntimas sombras expostas para o mundo.

ficou bom demais!


um beijo, querida.

Ston disse...

Tudo tão bonito por aqui. Andei sumido, de volta estou. Bj

Lau Milesi disse...

Belo e intenso poema!
Parabéns ao dois poetas.
Um abraço

Carito disse...

Forte, corte, do mar de dentro.

E eis-me aqui metamorfraseado em novo blog/site - meu ATESTADO DE ÓRBITA:

http://www.carito.art.br/

Edu disse...

Os melhores diálogos são quase sempre monólogos, e os piores, monótonos. As cores mais lindas talvez sejam as que cegos vêem, e assim canta sua poesia.

Escritos de Ada disse...

Bela parceria.

Tuca Zamagna disse...

"tenso bruto cru, que não cala (...) denso escuro torto, que não fala"

Dois versos fortes a comandar a contraposição dos dois estados da alma.

Parceria muito bem sucedida!

Um abraço

perfeiçao disse...

LIndo demais, paixao primeira lida heheh!!!vou te seguri apartir de hj

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