inconclusiva
nem sempre é sobre o olhar
que me atropela e não vê
as viagens e os trens
em minha cabeça
[ou o chão que falta
sob meus tremores]
nem sempre é sobre um par
de tênis preso nos fios elétricos
de onde pombos voam
nem sempre é sobre o que sei
* Publicado no Balaio Porreta 1986 nº 2667
o tom desse outono
palavras amarelas
palavras secas
palavras caídas
no meu solo
mudo
o silêncio frio
de um blues
mudo
apenas soul
in verno astral
kUBriCKiaNa
PEQUENO ESCLARECIMENTO
Os poetas não são azuis nem nada, como pensam alguns supersticiosos, nem sujeitos a ataques súbitos de levitação. O de que eles mais gostam é estar em silêncio - um silêncio que subjaz a quaisquer escapes motorísticos e declamatórios. Um silêncio... Este impoluível silêncio em que escrevo e em que tu me lês.
Poetas
não são laranjas nem nada!
[Palavras navegando em Mar
del Plata]
Desmecanizados, nos quantificamos
[qualificados] e escrevemos seguindo
a rota da poesia [e dos
silêncios].
Temos essa cosa
mucho loka
[dorada cosa]
que envolve a química
da sílaba beijando a língua
[da língua remoendo a boca]
dos dedos esfregando letras
dos ouvidos colorindo
mil tons [em mil sinos].
E de segunda a segundas intenções
dançamos ao som da nona
ou da quinta
ou de qualquer outra sinfonia
uníssonos
[como as feiras dos sábados e
domingos]
e nos disse QUINTANA
que nem somos azuis.
Adrianna Coelho e Marcelo Novaes
não são laranjas nem nada!
[Palavras navegando em Mar
del Plata]
Desmecanizados, nos quantificamos
[qualificados] e escrevemos seguindo
a rota da poesia [e dos
silêncios].
Temos essa cosa
mucho loka
[dorada cosa]
que envolve a química
da sílaba beijando a língua
[da língua remoendo a boca]
dos dedos esfregando letras
dos ouvidos colorindo
mil tons [em mil sinos].
E de segunda a segundas intenções
dançamos ao som da nona
ou da quinta
ou de qualquer outra sinfonia
uníssonos
[como as feiras dos sábados e
domingos]
e nos disse QUINTANA
que nem somos azuis.
Adrianna Coelho e Marcelo Novaes
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