degraus ou asas



escrevo e reinvento-me
em folhas brancas
nessa fotossíntese de sonhos
e nos azuis imprevistos
dos meus planos de vôo
para todo bater de asas
e todos os versos-ventos
soprados por meus dedos
me arrastam para dentro
onde rios murmuram em meu sono
e nuvens me emprestam escadas



5 comentários:

Lualves disse...

"todo o bater de asas", quando fora da gaiola, é liberdade... esses "versos-ventos" são asas, também, que nos levam... Eu enquanto homem comum, por mais que sonhe ( e o sonho é vôo ), a vida (gaiola) me impõe limites. Por isso, sou poeta. Na poesia, sou Harpia... asas largas... niguém, nada me segura...

Bons "versos-ventos" ... sempre

Rodrigo M. Freire disse...

e algumas vezes sua poesia é a descrição da subida dessa escada...
Inspiração é isto aí, venho de uma atmosfera - de trás para frente - nesta navegação, e nesse momento-percurso que faço noto que as poesias estão bem metapoesias.

Anônimo disse...

clap! clap! clap! clap! clap! clap!...
Também não resisto... a uma folha branca.
Boa semana.
Beijos

Anônimo disse...

Nossos vôos, na verdade nos fazem refazer planos, taí a mágica da vida. ;-))
Bjs

Marcelo Novaes disse...

Adrianna,



É dentro o lugar para onde os versos-ventos te arrastam.
E dentro há escadas...





Beijos,




Marcelo.

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